Minhas Ateses Antinormais

Estalei os dedos ao soar da campainha

Tocou em silêncio as pontas das unhas

Arranhou sem marcas a anomia sanguínea

Do pedaço de meu pai que encontrou minha mãe

Sem sentido e coberto de razão

Sentimentalismo não é sentir paixão

Por que falar das rosas se existem as margaridas

Juntam-se travesseiro e colchão

Abaixo do céu existe o paraíso

Acima do chão há o mar

Tudo que parece são está doente

Feliz estou por nunca mais gargalhar

O que parece certo pode ser dúvida

O que é errado é simplesmente especulação

Em que acreditar se há a hipocrisia

Chegam aos montes, poesia e canção

Mentiras bem contadas, verdades suspiradas

Alto de castelos em ascensão

Morros e montanhas cheios de vegetais

Frio e calor movem a rotação

O mundo gira sem ângulos

O mundo gira sem ângulos

A grafite corre solta

O petróleo é matéria prima

Para versos

Versos

Estrofes

Poemas

Ilógicos

Relógios

Tempo

Incompreensões

Insanidades e reações

Químicas

Psicológicas

É o que diz a iniciação

E enquanto isso minha mente

Mente, mente

Colapsos nervosos, epiléticos

Convulsões sociais

Tetraplégicos

Cuide dos mortos, se ainda houver salvação

O mundo gira sem ângulos

E eu aqui, desgasto minhas unhas

Pontas de dedos

Restos de reflexões

E o que me sobra?

Palavras, versos, rimas

Quem dera eu estar sozinha

Mas aqui comigo

Existe ela

A minha mente, mente, que mente

Traduzindo em analogias

Minhas ateses antinormais.

Versos livres jogados ao vento

O céu para mim te rabiscou

Para o meu amor poder te colorir

Mil cores procuro enxergar

Mas só vejo vida em ti

Se meus lábios um dia soprassem

Os ventos quentes de ardor

Eu seria feliz e simples

Certo que neles viriam teu amor

Ainda me prendo em palavras por ti

Mais ardente é te sentir em mim,

Quero abrir portas dos sentimentos

Beijar tudo que é ilógico e sensível

Palavras são minha liberdade

Elas ainda tentam me limitar

São tolas todas elas

Mal sabem que quando te tenho nada é imortal

Tudo é completo

Faz sentido

Faz bem

Vibra de felicidade

Casas voam

Animais sorriem

Flores suspiram

Isso é aquele além que nós desejamos

É o amor que sempre sonhei

A inocência que teu olhar me passa

Condiz levianamente com meu desejo lânguido

Hipocrisia negar a vontade de tocar

Te quero mais que tudo

És meu tudo

Te quero mais que a ti mesmo

Ainda não sei te explicar

Eu não quero calcular

Nem ao menos uma emoção

Mais eloqüente é meu silêncio

Ele grita por mim, com toda a força, o que há tempos eu sei

EU TE AMO

Não dá pra não ter esse sorrisão ao lado teu!

Vida Cheia

Sabe quando sua vida tá cheia, mas cheia mesmo, até a borda, meio que derramando emoções e obrigações? Pois é, essa é a minha vida nesse momento, e como em um livro de auto-ajuda, eu venho aqui compartilhar mais comigo mesma esse sentimento que eu nem sei explicar muito bem o que vem a ser.

Enfim, até o começo da semana passada, tudo andava meio frio no meu relacionamento, o que graças a Deus acabou. Agora as coisas nesse aspecto estão perfeitas, perfeitas mesmo, no sentido integral da palavra. Quanto à faculdade, nooossa... eu era a que menos queria estar naquele lugar, a começar pelo horário que temos que nos fazer presentes: 7 da manhã. Eu hein, 7 da manhã deveria ser a hora de acordar, pois sim. Bom, começo da semana, tudo vem explodindo na nossa cara na universidade, trabalhos mil (tava até com saudade disso), e eu tendo que estudar horrores pra uma prova de imunologia semana que vem. É, Imunologia meus caros, pois sou uma estudante de enfermagem, segundo semestre, aspirante a médica, mas estamos aí pro que a vida nos proporcionar.

Digo isso porque minha mãe anda crente na minha sorte, que por sinal não é pouca, e está com vontade de me inscrever em um concurso do banco central. Não vou dizer que não penso no retorno financeiro que me empregar nesse órgão federal me traria, pensa comigo, eu com 18 anos ganhando praticamente 5 mil reais por mês, ia ser mais do que perfeito, eu ia viver muito bem com isso.

Mas é confiar demais na sorte. Tá certo que eu pretendo estudar um pouco, mas nada que possa realmente fazer a diferença em um concurso como esse. Bom, mas se eu passei nas duas universidades públicas daqui sem me matar de estudar, talvez a sorte seja minha amiga, e eu espero que ela ainda caminhe comigo durante muito tempo.

Só sei que minha vida anda cheia, de projetos também, como por exemplo de educar a população, desenvolvendo campanhas em bairros de classe baixa que previnam a tal Gripe A, a gripe da paranóia. Hoje acertamos isso com a professora de Epidemiologia, espero bons resultados, uma real eficiência de nosso trabalho.

Aceito sugestões de doença, pois devo fazer uma pesquisa epidemiológica sobre alguma enfermidade que afete nossa região.

Bom, agora vou ao trabalho, ainda tenho que montar o trabalho de Parasitologia e estudar a tal Imunologia.

O que me fez vir aqui.

Bom, esse é meu primeiro post, nem sei ao certo como é ter e cuidar de um blog, mas enfim, se eu cheguei aqui foi porque a Gi, com muita insistência, me convenceu a criar um blog. Bom, então nada mais justo que eu dedicar esse meu primeiro post a essa pessoa tão especial que é Giovanna Brasil.

Ê Brasilzão, como me faz feliz ter a tua amizade e te sentir perto mesmo estando a milhares de quilômetros de mim. Ô distância filha da mãe essa que nos separa, nos deixa na vontade de dar aquele abraço apertado de brother uma na outra, aquela vontade de fazer carinho quando precisamos, aquela nossa imensa vontade de simplesmente conviver. Mas é assim desde o começo, tão longe e tão perto de ti ao mesmo tempo. E por falar em começo, pergunto se você lembra de como começou nossa amizade. Sei que lembra, com detalhes, nunca esquecemos né Gi? E olha que tinha tudo pra não dar certo, dei mancada logo da primeira vez que conversei contigo, e foi tão engraçado, você que não é boba nem nada, sacou que depois eu tentei consertar o que disse, tudo em vão.

Nossas conversas nem rendiam no começo, até eu descobrir em Giovanna Brasil uma pessoa extremamente inteligente, misteriosa e filósofa, o que me deixava cada vez mais intrigada e ao mesmo tempo fascinada. Eu precisava de alguém que me fizesse ver as coisas além dos meus próprios limites, alguém que me fizesse viajar em meus pensamentos e ver coisas que antes não via. E depois de quebrado o gelo entre nós, a amizade seguiu, cada vez mais forte.

Lembro ainda da emoção que foi escutar tua voz pela primeira vez. Foi inacreditável. "Não creio, Gi, não dá pra acreditar que eu to ouvindo tua voz". E nós, com tantas coisas pra falar e sem saber ao certo o que fazer naquele momento, acabamos gastando um minuto apenas rindo, como duas bobas. Até o dia em que finalmente eu pude te ligar, aí sim, foi pura emoção. Ficamos uma hora e meia no telefone, contando as histórias, descobrindo mais uma sobre a outra, falando sobre tudo, como sempre foi.

E os dias foram se passando, os laços entre nós se fortalecendo, até que hoje nos encontramos nessa situação, onde eu posso dizer: eu tenho uma amiga, e ela é a Gi, o meu bebê vermelhinho, a minha cafajeste, a minha sedução bêbada do vocal, dançando em cima do piano. Uma pessoa que eu confio, admiro e, acima de tudo, amo com todas as minhas forças.

Gi, como eu sempre te digo, e nunca cansarei de dizer: tu é minha brother.

Amo você <3