terça-feira, 9 de março de 2010

Culpa? Talvez.

Já pensou que você pode ser culpado de tanta coisa que mereceria prisão perpétua? Em sã consciência, uma pessoa refuta com milhões de motivos para eximir sua culpa de quer que seja. Ei, ser humano, tu és tão culpado, mas tão culpado, que tua culpa vem desde que nasceste. É, porque já aí causaste dor a alguém, à senhora sua mãe. Pensa no sofrimento dela pra te dar a vida, que muitas vezes jogas no lixo, sem sequer ter argumento plausível ou lógico. Isso é deprimente.
Mais deprimente ainda é ver que há nesse mundo pessoas que sabem que são culpadas de crimes horrendos e fazem-se de despercebidos. Vis, baixos, não merecem nem o chão que pisam! Alguém sentiu o tom de revolta aqui? Talvez sim, pois me sinto extremamente cansada, por ter que ver e viver esse mundo sujo, cheio de hipócritas.
E eu? Sou culpada também? Ora, eu diria que não, afinal, sou mais uma hipócrita. Mas como Simão Bacamarte, meu ilustre Alienista, me sinto divina em apreciar em mim a esplêndida união de teoria e prática. Sim, pois culpa tenho eu, de ser mais uma criatura deste mundo sem nexo (neste momento já sinto um tom filosófico em meu texto, e isso é estranho a quem não está acostumado).
Só queria livrar-me de meus valores podres e reconstruir-me, acompanhando uma reforma de toda uma sociedade doente, pragmática e que se diz tão evoluída que passa a se autodestruir. Um tanto contraditório, não é senhor leitor? Enfim, pense no seu grau de culpa, livre-se de si mesmo por um instante e veja sem tapa-olhos, o quanto você é responsável pelo mundo à sua volta.
Digo-lhe uma coisa: há culpa. E pergunto-lhe outra coisa: há culpa? Talvez. Mais certamente ainda, afirmo-lhe: culpa, não faz parte de mim.

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