Mais deprimente ainda é ver que há nesse mundo pessoas que sabem que são culpadas de crimes horrendos e fazem-se de despercebidos. Vis, baixos, não merecem nem o chão que pisam! Alguém sentiu o tom de revolta aqui? Talvez sim, pois me sinto extremamente cansada, por ter que ver e viver esse mundo sujo, cheio de hipócritas.
E eu? Sou culpada também? Ora, eu diria que não, afinal, sou mais uma hipócrita. Mas como Simão Bacamarte, meu ilustre Alienista, me sinto divina em apreciar em mim a esplêndida união de teoria e prática. Sim, pois culpa tenho eu, de ser mais uma criatura deste mundo sem nexo (neste momento já sinto um tom filosófico em meu texto, e isso é estranho a quem não está acostumado).
Só queria livrar-me de meus valores podres e reconstruir-me, acompanhando uma reforma de toda uma sociedade doente, pragmática e que se diz tão evoluída que passa a se autodestruir. Um tanto contraditório, não é senhor leitor? Enfim, pense no seu grau de culpa, livre-se de si mesmo por um instante e veja sem tapa-olhos, o quanto você é responsável pelo mundo à sua volta.
Digo-lhe uma coisa: há culpa. E pergunto-lhe outra coisa: há culpa? Talvez. Mais certamente ainda, afirmo-lhe: culpa, não faz parte de mim.
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