Antes de resolver definitivamente que hoje iria postar aqui no blog, pensei na seguinte frase: Deus, dai-me forças! E a partir desta fala, tive a ideia de escrever este mesmo que vos apresento.
Não, não sou católica praticante, talvez por isso nem seja católica realmente. Confesso-lhes, sou uma pessoa das mais céticas que conheço e não pensem que me orgulho disso. Muitos ainda lerão esse artigo e provavelmente se perguntarão: e o que uma garota que não segue uma religião tem a ver com fé? O que ela pode falar sobre fé, se ela mesma não a tem? Como já ouvi tantas e tantas vezes (tanto que me apropriei da expressão), "o ser humano é um ser engraçado", incrível e extremamente fantástico, ele inventa coisas que nenhum animal em milhões de anos conseguiria inventar. Por que só nós? Por que esse cérebro extraordinário foi dado única e exclusivamente aos humanos? Somos mesmo a imagem e semelhança de Deus? É através destes pensamentos que uma garota cética como eu está sim, relacionada à fé, pois vivo em suas proximidades e ela vive e convive ao meu redor, com as pessoas que a carregam.
Meus caros, como lhes disse na postagem anterior, muitas vezes terei que fazer perguntas que nem eu, nem você e talvez ninguém possa responder. E para que isto? Não sei ao certo, só sei que gosto de me propor questões interessantes. E a mais interessante para mim é a questão da fé. Fé, eu acho uma palavra tão simples, pequena, porém, reveladora, de tal forma que quando paro para tentar entender uma parte que seja, me perco. De onde vem a Fé? Foi Deus que nos ensinou a tê-la através de seu filho? Perdoem-me se fizer suposições equivocadas, talvez o fato de nunca ter lido a bíblia justifique (ou não) tal injúria, mas aqui, quero apenas que você me permita fazer a viagem que necessito fazer, e se quiser vir junto, está devidamente convidado.
Continuando a interrogação, você já pensou que a Fé pode ser criação do nosso cérebro? Fé pode ser a explicação para o inexplicável, o inatingível. Muitas vezes me faltaram e ainda me faltarão palavras para expressar sentimentos meus ao dissertar. Falar em acreditar, em esperança, me deixa muito confusa, pois na maioria das vezes, eu mesma não acredito em nada, nada mesmo. Por tantas vezes deixo a esperança ir embora, por tantas vezes desacreditei nos homens e no próprio Deus. Digo-lhes com firmeza, não temo ao afirmar que já duvidei em inúmeros momentos da existência do Todo Poderoso. Porém, minha razão em juízo pleno permite-me ver que não posso ver ou ainda perceber que nem tudo é perceptível e que algo foge deste plano, sem deixar rastros que possam explicá-los, e talvez, em antítese pura, diga que existe em mim sim, um pedaço do maravilhoso, do inalcançável, e que isto me envolve de tal maneira que é impossível correr para qualquer lado que seja. Quem sabe por opção, isto é um pedaço de fé.
E apesar de meu ceticismo crônico, meio que em contradição comigo mesma, vez e outra encontro-me afirmando "Alguém mexe os pauzinhos lá em cima, só pode ser isso".
Amigos, amores, pessoas que estimo e mesmo as que não estimo tanto assim, se eu posso dar-lhes uma palavra amiga, digo-lhes: acreditem, há algo que nos é superior, ou mesmo inferior, não fisicamente, nem espiritualmente (quem sabe), mas há sim, algo a mais. E se em nós há resquícios do tal algo inexplicável, tenha certeza, é a Fé.
Não irei citar-lhes nenhuma passagem bíblica aqui, porque além de não ter lido o livro primordial, ainda duvido de sua veracidade. Mas ressalto, não há coisa melhor para um ser humano do que saber que de algum lugar, alguém te escuta, alguém que vai estar sempre lá, qualquer que seja a geração, alguém em quem você deposita sua confiança, alguém que de uma forma ou de outra te faz feliz. E esse alguém é aquele cara que você chama de Deus, Allah, enfim, aquela entidade que rege sua vida e a de todos nós aqui.
Sei que muitos sorrirão misteriosamente ao ver que eu pude escrever sobre fé, relacionando-a ao âmbito religioso. Muitos realmente acharão estranho, mas isso é a vida, meus caros, é uma evolução e até diria, uma revolução diária. E eu ainda esforço-me sim, para crer em um amanhã melhor que hoje, permitindo-me por vezes ter objetivos e contar com força superior a mim para alcançá-los, enfim, ainda consigo ver o que se está esquecendo: honestidade e bondade para com o próximo. E eu, em paradoxo, aludo características de pessoa fiel ao divino, que crê no bom e iluminado mundo, porém a força disso em mim (que é mínima) ainda não me satisfaz. Ontem tentava ensinar-lhes algo, hoje peço para aprender com vocês. Ensinem-me a ver, a acreditar mais, preciso de mais forças e energias positivas, acho que preciso até conhecer meu lado espiritual, o qual ainda não tenho contato. Porém, amigos, se algo permanece fazendo-me caminhar, lutar pela vida, esse pouco de qualquer coisa que seja só posso eu resumir em tom monossilábico: FÉ (o que ainda vou aprender a incorporar em sua totalidade). Agradeço a tudo e a todos. Obrigada.